Um médico endocrinologista de 36 anos foi preso nesta terça-feira (15/8) em um consultório no Terraço Shopping, na Octogonal, acusado de associação para o tráfico. A investigação foi realizada pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil. De acordo com o delegado Leonardo de Castro, Maikow Luiz de Araújo intermediava o comércio de cocaína entre traficantes do DF e Goiás.
Segundo a PCDF, em apenas uma das transações o médico faturou R$ 3 mil. Além de intermediar, o delegado contou que em uma das ocasiões ele chegou a fazer o transporte da droga entre Goiânia (GO) e Brasília.
Também formado em farmácia, o médico trabalhava em uma clínica particular que tem clientes de alto poder aquisitivo. Cada consulta dele custava R$ 600. O delegado Leonardo de Castro destacou que Maikow era muito bem relacionado e circulava em festas da sociedade com mulheres bonitas e em carros de luxo.
Para chegar ao médico, após investigações, os policiais marcaram uma consulta com ele no Terraço Shopping. Momento em que a prisão foi feita, na frente de clientes que estavam agendados. Ainda de acordo com o delegado, o mandado de prisão contra Maikow foi expedido em julho deste ano, mas ele teria ficado sabendo e fugido.
“Depois que foi expedido o mandado de prisão, ele desapareceu. Passamos a procurá-lo em casa e no escritório. Tentamos marcar consultas, que foram remarcadas sucessivamente. Ontem, ele foi atender os policiais e acabou preso”, contou o delegado.
“O que nos chamou atenção é que ele não precisava entrar no crime. Tinha muitos pacientes, vida estável. Em depoimento, ele negou envolvimento com o tráfico. Disse apenas que conhecia os traficantes da época de escola, que costumava beber cerveja e ir para algumas festas com eles”, informou o delegado. Segundo o policial, teria ainda confessado ser usuário de drogas.
“Ele negociava os valores com os traficantes e o modo de entrega. Conseguimos flagrar duas negociações em que ele saiu ganhando R$ 3 mil e R$ 1 mil em cada uma”, completou Leonardo de Castro. A droga era destinada a abastecer, principalmente, a Asa Norte.
Em uma das fotos no perfil de Maikon, ele aparece com uniforme da Secretaria de Saúde. A polícia não sabe se ele era servidor. A pasta foi acionada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
Ao Metrópoles, o shopping afirmou que está à disposição da polícia para colaborar com as investigações.
Fonte:Reprodução/Metrópoles.
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