Decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, restabelece medidas cautelares e manutenção do afastamento da Secretaria de Saúde de Silvânia e da Chefe das Enfermeiras, de suas respectivas funções no Hospital Nosso Senhor do Bonfim de Silvânia, bem como, autorização de quebra de sigilo dos aparelhos celulares, em razão da Operação Paracelso, deflagrada pela Polícia Civil de Silvânia, no último dia 9 de agosto de 2023, que investiga a morte da jovem Vitória Cristina, após superdosagem de medicamentos ministrados no hospital municipal de Silvânia.

Após pedido de liminar impetrado pelo Ministério Público, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, através do Desembargador Wild Afonso Ogawa, decidiu, restabelecendo as medidas cautelares e manutenção do afastamento da Secretaria de Saúde Laydiane Gonçalves Ribeiro e da Chefe das Enfermeiras Eliana Aparecida Santos, de suas respectivas funções no Hospital Nosso Senhor do Bonfim de Silvânia, pelo prazo de 30 dias, bem como, a autorização de quebra de sigilo dos aparelhos celulares, e proibição de acesso às dependências do Hospital Municipal, tornando tais providências definitivas e cessando a revogação das medidas cautelares pelo Juiz de Direito da Comarca de Silvânia, Dr. Adenito Francisco Mariano Júnior, em 16/8/2023.

As medidas cautelares e manutenção do afastamento das funcionárias bem como, a quebra de sigilo dos aparelhos e proibição de acesso às dependências do Hospital Municipal, se deram em razão da Operação Paracelso, deflagrada pela Polícia Civil de Silvânia, no último dia 9 de agosto de 2023, que investiga a morte da jovem Vitória Cristina, após superdosagem de medicamentos ministrados no hospital municipal de Silvânia.

As investigações da Polícia Civil de Silvânia, constataram através de vídeos de câmeras de monitoramento do hospital juntamente com outros elementos sob a posse da autoridade policial, que a Secretaria de Saúde Laydiane Gonçalves Ribeiro e a Chefe das Enfermeiras Eliana Aparecida Santos, teriam tentado suprimir documentos, tendo sido apurado também omissão de dados e informações do prontuário médico, principalmente em relação à prescrição de medicamentos.

O médico Murilo Dell Eugênio, que ministrou os medicamentos na jovem e que até então, era o Diretor Clínico na unidade hospitalar, também foi afastado durante a operação policial.

O Desembargador solicita ainda, informes do Juízo da Comarca de Silvânia, estipulando para tanto, o prazo de 48 horas.

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